Entre cortinas encardidas,
velho caderninho como testemunha,
um feixe brilhante sob a chuva me espera.
Ele, solene a espreita, mãos no bolso
Me vigia presumindo meus passos
Como criança a contar pedrinhas pelo caminho.
Pode ser um interlúdio, uma conspiração,
Doce algoz que mata silenciosamente
E depois foge ás gargalhadas.
E quem sabe
inevitavelmente
não seja eu mesma,
delirante e perplexa,
reclusa e desconexa
inquietação frívola
de tocaia...
Encontro a minha íris e enxergo o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário