sábado, 28 de maio de 2011

Inserts






Despertar ao morrer do dia.
No extremo da rua um brilho.
Em seu núcleo uma porta, entreaberta.
Aroma que laça
e não avisa para onde ir.
É assim com as palavras:
viajam desgovernadas,
meninas,
heroínas,
aniquiladoras,
escudo em riste,
apontando o dedo na cara,
trazendo sede, torturando,
mas estampando em sua tez 
a profundidade que somente as grandes coisas abrigam.


Yama to Mizu





Se entorpecido, gerúndio
Assustado, questiona
Sublime, urgente
Raivoso, doce
Analítico, Jung
Louco, pacifica
Sutil, estardalhaço
Fresco, entregue
Triste, verdadeiro
Analógico, discórdia
Puro, peculiar
Vadio, precisa agendar
Involuntário, imenso.

Eis alguém,
mão erguida,
cafeína,
álcool,
enxaqueca,
caneta,
olhos que sangram.

Jaz a seu tempo o ser poesia.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ouves?



Acompanha-me
divida comigo a busca pelo fim
provar o tudo e o nada.

Caminhe entre peixes
e singre corais sob arredios cavalos 
ao nascer da nova história.
Nesta direção faltam os nomes,
coisa alguma hesita...

Temeis estrelas bocejantes
e sóis dispersos,
feixes elétricos,
a acordar o mundo?

Emudece o néctar tão puro
que dispensa fórmula:
vício ao paladar,
sinfonia para olhos antes pasmos.

Morro lentamente e quando seu desejo anseia por lógica...