quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vírgulas



Sobre o vento construo meu mundo
e me levo para bem longe
onde braços não alcançam,
lamentos não me ofuscam
e nem amarras me detém.

Para nada há medida
a tudo regras abertas
um hiato mudo salta comigo
como a nascer para morrer mil vezes
e dividir comigo
tal experiência.











Óggs


Mil vezes sentiria
e a mesma quantidade viveria
sempre a revelia de quem um dia
prometeu não ser mais uma Maria

Deviam assim,
em harmonia,
sob o corpo da poesia
desnudar esta parca ousadia
munida de voraz picardia
enquanto a Grande Mãe caía.

Decerto que a pena valeria
se não fosse a alheia teimosia 
de se atentar ao que se achava que via
e por fim qualquer coisa concebia.

(Nessas horas invejo o pimenteiro)