segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O souvenir





Quando desapercebida do mundo,  por vezes me indagam:
"Garota, por quê não escreve mais? Nem parece que tem uma página para isso!"
E nisso reflito, porém não tinha a resposta certa.
Até agora.

Hoje sei que, ao triscar de cada tecla, muito vai de mim,
mais até do que podia, bem além do que preciso aliás.

É o que se esconde no desvendar do texto, mesmo num medíocre feito o meu,
como se um bocado de quem está aqui, prostada á frente da máquina velha,
se esparramasse como plumas de um travesseiro jogadas do topo de um prédio.
Não dá para juntá-las depois, elas simplesmente fogem
como os parcos momentos de coragem que utilizo para expor
aquilo que naturalmente as pessoas escancaram sem sentido.

Quem diria, um guardanapo de bar fez o trabalho por mim:
rendeu literatura...

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