Sinto nas pontas dos dedos
o trastejar da vontade contida
como a rasgar o piso frio
e o intrépido olhar
Apenas por escrever.
E se não o faço,
dada a urgência galopante que o tempo perdeu,
engorda a minha coleção particular de devaneios a resolver.
Pendências essas que criam pernas
e farejam minha presença
Somente por escrever.
Ou por fazer das mesmas partes minhas
abandonadas em becos sem luz.
Até que fiquem incredulas perante mim,
atrás das faíscas luminosas que brotam do meu peito...
... por escrever.
Nenhum comentário:
Postar um comentário