
Ao vazio, meu brinde.
A boca seca,
a bebida quente,
passada,
aos desejos em vão...
Celebro a lágrima incontida que se mistura no medíocre liquido borbulhante, espuma que não engana ninguém...
Ao vazio, meus pensamentos torpes
Saturados pela maledicência minha
Pelo esquecimento seu
O vazio que mora no cerne da dose, no fundo do copo, no falso degustar do meu íntimo
Levanta tua taça,
suja sua haste,
dedo em riste.
Acordemos amanhã, bêbados de nada...
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